Ontem foi um dia das mães diferente. Fui me encontrar com mami na casa da Vovó. O almoço ótimo, reunião de primos, tios e amigos próximos. No meio da tarde me deitei na cama da minha vó, e enquanto ela penteava os cabelos começou a me contar como conheceu meu avô.
Era noite de Ano Novo, ela tinha acabado de sair de casa, junto aos pais e irmãos rumo à festa na praça da cidade. Na primeira esquina deu uma topada em uma pedra e machucou o dedo. Disse ter sentido tanta dor que decidiu voltar pra casa e anunciou a mãe: Mãe “voumimbora”, porque dia em que você leva uma topada não é dia bom, uma festa que já começa assim, não tem concerto.
A paciente bisa Ana respondeu: Tu ta ficando é doida mesmo né. Deixe de conversa e se apresse que não quero me demorar na rua.
Naquela noite, que nada prometia, vó Maria se encantou com um belo rapaz, alto, moreno e com um sorriso que iluminava a praça. Era João, aquele que logo se tornaria o “J”, seu marido o companheiro por 45 anos.
Foi mágico, foi emocionante. Vovó tem 81 anos, e se não fosse essa conversa eu jamais saberia da história de amor dela, eu jamais saberia o quanto ela era desaforada [herança genética herdada], o quanto ela foi, e é apaixonada pelo Vovô. Ele faleceu há uns 10 anos, mas ela fala dele como se ele estivesse aqui. Foi lindo ver tanta ternura e tanto carinho nos olhinhos pequenos e já enrugados de Dona Maria.
Mesmo não sendo mãe, nesse Domingo tão especial o presente foi meu :´)
Feliz Dia Das Mães A Todas Aquelas Que São MÃES DE VERDADE
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