15 de janeiro de 2007

:)

O fim de semana foi cheio de surpresas (e começo na quinta)... Aula de dança. Muita risada na super troca de roupa dentro do carro. Café Cancun. 3 garrafas de Champagne. Luiz Fernando. Ligação no meio da madrugada. Ligação no meio da tarde. Mensagem. Filmes. Dormir cedo. Acordar tarde. Compra do DVD preferido. Aula de dança. MC Donald. Unhas feitas. Dormir tarde. Acordar tarde de novo. Sítio. Frio e Edredon. Filmes. Soninho. Chocolate quente. Missa (isso sim foi surpresa). Jantar em família.. CAMA!

Continuando com a série:

Eu morava no conjunto C, mas sempre gostei de brinca no B, porque era lá que moravam as minhas amigas, como eu era a única do C, acabava sempre indo brincar lá (e deixava minha mãe fula, porque lá ela não podia me vigiar)... Enfim um belo dia mudou-se para o B um menino chamado Cláudio (que era o nome do meu irmão, do meu tio e do meu primo – O família sem criatividade ahuahauhaha)...Voltando ao menino... Pois bem, ele era baixinho, mas muito bonitinho e todas as garotas caíram de amor por ele. Menos eu. Hoje vejo que eu devia ser um tipinho muito do insuportável, porque quase nunca me interessava por quem se interessava por mim (bom isso ainda acontece). Mas com isso é lei, o fato de eu não gostar dele o incomodou muito, e logo ele começou a pegar no meu pé. Ele se dizia apaixonado e tratou de contar isso pra todos da rua. Passei a ser a garota má e ele o pobre apaixonado, e eu odiava isso (ainda odeio). Brincávamos na rua e ele sempre queria ser do meu time, ficar perto, ser meu par na quadrilha, e quando resolvi fazer catequese ele tb entrou. Todos as vezes que ia a missa lá estava a criatura do meu lado. Eu ficava fula da vida de ter que atura-lo em todos os lugares.

Até que...

Os corações infantis quando desprezados também buscam outros caminhos, e eis que apareceu Elaine, ela era o tipo de garota que nossas mães não deixariam que fossemos, até porque ela não tinha mãe e hoje entendo como deve ter sido difícil pra ela. Ela podia tudo, beijar na boca, sair pra qualquer lugar e sem hora pra voltar, fazia TUDO ou pelo menos falavam que ela fazia (se é que vc´s me entendem).

Tínhamos 10 11 anos, e as regras eram rígidas, pelo menos para mim, eu tinha que entrar assim que o sol se punha e só ficava na rua à noite em caso de alguma festinha, mas, com meu irmão mais velho na cola, e horário certo para voltar.
Logo descobri que os dois estavam se pegando (nem lembro como se falava naquela época). E como péssima perdedora que sempre fui, fiquei arrasada. Porém como orgulhosa que tb sempre fui, nunca, jamais, em tempo algum, alguém além da melhor amiga soube disso. Acabei me apaixonando.

O que é fácil logo perde a graça (já dizia a vovó), e a Elaine passou a ser só amiga, e ele voltou a me jurar amor eterno. Mas na época maldade era meu sobrenome e ciúmes era o 1º nome, deixei claro que não estava nem ai, que ele ficasse com a rua inteira que eu não me importava (pelo menos era o que eu dizia).

Passamos um ano nessa história, ele morrendo de amor, e eu gostando dele, mas, fazendo charminho.

Ai...

Eu nunca tinha beijado na boca, e ele vivia querendo me beijar, então decidi que no dia do grupo de orações na igreja eu ia dar nele o meu primeiro beijo.Terça feira, dia do grupo de orações e lá fui eu, toda bonitinha, laço de fita no cabelo (ta essa parte do laço eu nem lembro, foi só para ficar bonitinho).

Chego à igreja e quem encontro: Cláudio e Elaine de mãos dadas. Fiquei fula da vida, como assim ele a trouxe pra missa? Como assim, logo hoje? Bom como eu já tinha um propósito para aquele dia resolvi não mudar de idéia, afinal eu não ir perder a viajem. Assisti a missa, mas na hora que começou o grupo de oração sai da igreja e o vi indo embora com ela, passou por mim, como se nem tivesse me visto.
Lá fora encontrei as outras crianças do grupo e a brincadeira era, alguém fecha seus olhos e o menino te beija. (Sim era na igreja, mas era escondidinho). Encontrei um menino que tb morava no B, o nome era Rafael, tinha se mudado há pouco tempo, era um garoto lindo de cabelo lisinho e preto e usava brinquinho (o genro que papai sonhou - ahuahauhauha). Fecharam meus olhos e Rafael me deu um beijo longo, babado e sem nenhuma graça, fiquei decepcionada e voltei para casa.

Nem preciso dizer que virei o assunto do momento. O Cláudio ficou arrasado, encontrei em baixo da porta da minha casa uma cartinha e nela tinha uma música assim:“Só de pensar que sua boca beijou outra boca, eu sinto o gosto amargo da desilusão e isso dói” (música do raça negra que até hoje me lembra ele). Ele chorou, ficou realmente arrasado e eu também.

Parei de brincar no B, fui estudar longe de casa e quase não o via mais. Um tempo depois ele mudou. O tempo passou (uns 3 ano) até que um dia estava voltando da escola, passei pelo B, de longe reconheci alguém vindo no fim da rua, era ele. Ele sorriu e me abraçou, conversamos um pouco e ele contou que quando me viu o coração disparou, que eu tinha sido a garota por quem ele mais sofreu, mas que ele mais tinha me adorado, è ele disse ADORADO, achei lindo, conversamos mais um pouco e nos despedimos na promessa de um contato futuro.

E foi a última vez que o vi...


3 comentários:

Jana disse...

amores infantis, perfeitos, e nostalgicos...

beijos

Râzi disse...

Por que será que eu estou sentindo uma simpatia enooooorme pelo Cláudio????

E por que será que eu estou com vontade de xingar vc???

Hauahuahuahauhauha!

Essas coisas acontecem, minha linda!

Beijão!

Carol Textor disse...

"Mas na época maldade era meu sobrenome e ciúmes era o 1º nome, deixei claro que não estava nem ai, que ele ficasse com a rua inteira que eu não me importava "

Ué, mudou alguma coisa??
heheuahaauhauaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa